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sábado, 15 de junho de 2013

Incensação

Incensação

O queimar incenso ou a incensação exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada Escritura. No rito de Paulo VI permite-se o uso de incenso em todas as missas, sempre que convier pastoralmente. Em algumas circunstâncias seu uso é obrigatório:
  • Missa Estacional do Bispo
  • Dedicação de Igreja e Altar
  • Confecção do Santo Crisma
  • Quando se transportam os santos óleos
  • No transporte dos Santos Óleos
  • Na exposição solene do Santíssimo Sacramento
Via de regra, deve-se usar também o incenso:
  • Apresentação do Senhor
  • Domingo de Ramos
  • Missa da Ceia do Senhor
  • Vigília Pascal
  • Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
  • Solene Transladação das relíquias
  • Em geral, procissões que se fazem com solenidade



"Suba a minha prece como incenso à tua presença, minhas mãos erguidas como oferta vespertina" Sl 140,2



Preparação
Para o uso de incesoprepare-se turíbulonavetae incenso. O turíbulo tem quatro correntes, três que sustentam onde estão as brasas e uma a tampa. Deve ser segurado da com a mão esquerda na parte superior (para maior comodidade pode-se usar o médio na argola superior e o mínimo na inferior) e com a mão direita as correntes todas juntas próximas à parte inferior.
naveta deve conter uma pequena colher e incenso suficiente para a celebração, este deve ser puro, de suave odor, ou se com outra substância, cuide-se que seja muito superior sua parcela.









Bênção do Incenso

turiferário e o naveteiro se aproximam do sacerdote. Este se estiver junto do assento, senta-se, se não põe de pé. Ele lança por três vezes incenso no turíbulo pegando-o com a colher da naveta. Em seguida, abençoa-o com o sinal da cruz sem nada dizer.


Maneiras de Incensar

No rito romano, a maneira da incensação possui algumas regras práticas e poucas, mas que merecem ser respeitadas. Primeiramente, quando se incensa faz-se reverência antes e depois da incensação, menos ao altar e às oblatas. Quem é incensado também faz reverência profunda.
Com três ductos do turíbulo incensa-se: "o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública, as oblatas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo.
Com dois ductos incensam-se as relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, e só no início da celebração, quando se incensa o altar." Lembremo-nos que as imagens de Nossa Senhora e outro Santo que contenham a imagem de Jesus Menino são incensadas com três ductos.
Um uso comum, mormente quando se usa casula gótica (com mangas amplas) é que o diácono, o cerimoniárioou um acólito segure a casula, evitando que ela se queime. A maneira mais prática e funcional é segurar a parte da frente puxando-a levemente para trás. De modo que não deforme a casula. O santíssimo sacramento é incensado de joelhos.

Uso dentro da Missa
Usa-se nas seguintes partes da Missa:
  • a) durante a procissão de entrada;
  • b) no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
  • c) na procissão e proclamação do Evangelho;
  • d) depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo;
  • e) à ostentação da hóstia e do cálice, depois da consagração.
Além das demais procissões e ocasiões que as rubricas próprias do rito exijam. Não se deve usar incenso em apenas uma destas partes, salvo rito especial como dedicação de igrejas.

a,b)Antes da missa, o sacerdote impõe incenso no turíbulo e o abençoa. Em seguida, na procissão de entrada oturiferário vai acompanhado do naveteiro à frente da cruz. O naveteiro sempre à direita e um pouco atrás. Chegando ao altar, sobem sem fazer reverência profunda e esperam que o sacerdote revencie o altar e o beije. Coloca-se incenso novamente, se for necessário. Incensa-se o altar, a cruz, as imagens dos santos expostos à veneração pública e as relíquias.

c)Durante a Aclamação os acólitos se aproximam do sacerdote que permanece sentado. Ajoelham-se para a bênção do incenso. Levantando-se afastam-se dele e aguardam até que o sacerdote ou o diácono peça a bênção para proclamar o evangelho. dirigem-se processionalmente até o ambão. Chegando, lê-se o evangelho; após dizer "O senhor esteja convosco" e "Proclamação..." o sacerdote (ou o diácono) incensa o livro ao centro, à esquerda e à direita. Devolve o turíbulo para o turiferário. que aguarda a leitura do evangelho (a menos que afumaça atrapalhe aquele que lê o evangelho) Então saem turiferárioceroferários e naveiteiro pelo caminho mais curto após a leitura do evangelho. O diácono, se for o caso, leva o livro ao celebrante só ou acompanhado pelo cerimoniário.

d)Após o sacerdote rezar "De coração contrito e humilde...". Os acólitos aproximam-se dele, este abençoa o incenso. Em seguida incensa as oblatas, a cruz, o altar; não porém relíquias ou imagens.
Uma das principais mudanças do Concílio Vaticano II foi a exigência, sempre que possível, do altar separado da parece para permitir, entre outras coisa a incensação completa do mesmo. Assim a incensação do altar faz-se com simples ictus do seguinte modo:
"a) se o altar está separado da parede, o sacerdote incensa-o em toda a volta;
b) se o altar não está separado da parede, o sacerdote incensa-o primeiro do lado direito e depois do lado esquerdo."
Durante o ofertório, na Missa, junta-se à incensação do altar, à das oblatas e da cruz da seguinte forma:
"Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do altar; aliás, é incensada quando o sacerdote passa diante dela. O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas." A forma acima dita, o sinal da cruz sobre as oblatas ,é feito da seguinte forma em duas partes. Tal rito constava no cerimonial tridentino, sendo reintroduzido no missal de 2002 pelo Papa João Paulo II:
a) Em forma de cruz, com 3 cruzes, dizendo as respectivas fórmula:










1. INCENSUM 2. ISTUD 3. A TE 4. BENEDICTUM 5. ASCENDAT 6. AD TE, DOMINE "

b) Em forma de círculo com 3 círculos, com as fórmulas:
"7. ET DESCENDAT SUPER NOS 8. MISERICORDIA 9. TUA"

e) Após a incensação no ofertório, turiferário, naveteiro, um diácono (se existirem vários) e ceroferários se dirigem para a porta da igreja. Ao entoar do Sanctus, entram na na igreja em direção ao altar na seguinte ordem: cerimoniário, naveteiro e turiferário, ceroferários dois a dois, diácono. Chegando ao presbitério ficam de pé, sem subir nele ficando na seguinte ordem, da esquerda pra direita: cerimoniário, ceroferário(s), turiferário, diácono, naveteiro, ceroferário(s). Ajoelham-se na epíclese e ficam ajoelhados até o fim da oração eucarística. Saindo enquanto se canta "Amém". Saem na mesma ordem que entratam

Os ceroferários podem ser 6, 4 ou apenas 2. Podem ainda ausentar-se. Caso o diácono não possa incensar, o turiferário toma o seu lugar ao centro.


Liturgia das Horas
"Na liturgia das horas pode-se usar incenso nas Laudes e Vésperas, quando celebradas solenemente. Durante o canto evangélico incesa-se o sacerdote, o altar e o povo."
Na falta do diácono para incensar o sacerdote, ao altar e o povo, fá-l0 um acólito.

A incensação na exposição do Santíssimo Sacramento e em sua bênção será tratado em postagem própria sobre esses ritos.

Esse texto foi feito com base no Cerimonial dos Bispos, números de 84 a 98; Introdução Geral do sobre o Missal Romano, números 276 e 277, 173 e 178.





A estrutura da Missa no rito romano

A estrutura da Missa no rito romano


Teologicamente, a essência da Missa é a Consagração, o sacrifício de Cristo oferecido na Cruz e tornado real e novamente presente sobre o altar mediante a conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor. À Consagração se unem sua preparação – o Ofertório – e sua consumação – a Comunhão. Desse modo, podemos dizer que essas três cerimônias são o centro e ápice da Missa, e isso em qualquer rito litúrgico.

Cada um desses ritos tem a sua particularidade na combinação dos elementos que antecedem à Consagração e que a seguem, e mesmo sua diferença quanto ao que se deve dizer, como se deve dizer, o que vestir, o que fazer, quem deve fazer e assim por diante.

No rito romano – e aqui falamos da sua estrutura básica que, vindo desde os tempos de São Gregório, foi sistematizada por São Pio V e permanece, sim, na reforma de Paulo VI e João Paulo II (com certa perda de alguns elementos, o que lamentamos, é preciso dizer) –, a Missa consta de vários textos e cerimônias: orações, antífonas, hinos, momentos de silêncio, cânticos, procissões, gestos, monições, responsórios, leituras bíblicas. Alguns dos textos se dizem em voz alta, outros em voz submissa. Uns constituem o rito ou cerimônia por si mesmo (como o Agnus Dei, o Kyrie etc), enquanto outros se destinam a acompanhar o rito (como os cantos de Entrada e de Comunhão).

O centro da Missa, em qualquer rito, é o conjunto de ações de oferecer os dons, consagrá-los (ou seja, torná-los o Corpo e o Sangue de Cristo, realizando o sacrifício da Cruz), e consumi-los. O Ofertório é a preparação para um ato e a Comunhão é a consumação desse ato: a Consagração. Dos três elementos, um é aquele em torno do qual gravitam os demais. À Consagração chegamos pelo Ofertório, e da Consagração chegamos à Comunhão. Esses três momentos e uma série de outras cerimônias e ações litúrgicas previstas nas rubricas formam, no rito romano, a parte da Missa que chamamos Liturgia Eucarística. É a Missa propriamente dita, o sacrifício e seus adjetivos principais. Também é chamada Missa dos Fiéis e, como tal, era designada oficialmente na antiga forma litúrgica romana.

A Missa, no rito romano moderno, começa com os Ritos Iniciais, vai pela Liturgia da Palavra, culmina na Liturgia Eucarística e se encerra pelos Ritos Finais.

Os Ritos Iniciais compreendem a ida do sacerdote, com seus ministros, ao altar em procissão (partindo da sacristia ou do fundo da igreja), durante a qual se canta o Intróito – do Próprio, i.e., variável – ou outro canto adequado (ou se reza o Intróito), bem como o sinal-da-cruz, a Saudação, o Ato Penitencial, o Kyrie, o Gloria (nos Domingos fora do Advento e da Quaresma, nas Solenidades e festas, e, facultativamente, em outras ocasiões mais solenes a critério do celebrante), a Coleta (ou Oração do Dia, do Próprio). Nos Domingos, pode-se realizar antes da Missa, somente nas igrejas e oratórios, a Aspersão da Água Benta, que substitui o Ato Penitencial.

A Liturgia da Palavra, por sua vez, compreende as leituras, que variam conforme a Missa que é celebrada (há um elenco das leituras para cada dia do ano, para cada Domingo, Solenidade, festa e Missa votiva ou para diversas necessidades), o Aleluia e o Salmo (também variáveis), o Evangelho (idem), e, quando indicados, a Homilia, o Credo e a Profissão de Fé.

Texto completo: http://bit.ly/16dkMSM