A estrutura da Missa no rito romano
Teologicamente, a essência da Missa é a Consagração, o sacrifício de Cristo oferecido na Cruz e tornado real e novamente presente sobre o altar mediante a conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor. À Consagração se unem sua preparação – o Ofertório – e sua consumação – a Comunhão. Desse modo, podemos dizer que essas três cerimônias são o centro e ápice da Missa, e isso em qualquer rito litúrgico.
Cada um desses ritos tem a sua particularidade na combinação dos elementos que antecedem à Consagração e que a seguem, e mesmo sua diferença quanto ao que se deve dizer, como se deve dizer, o que vestir, o que fazer, quem deve fazer e assim por diante.
No rito romano – e aqui falamos da sua estrutura básica que, vindo desde os tempos de São Gregório, foi sistematizada por São Pio V e permanece, sim, na reforma de Paulo VI e João Paulo II (com certa perda de alguns elementos, o que lamentamos, é preciso dizer) –, a Missa consta de vários textos e cerimônias: orações, antífonas, hinos, momentos de silêncio, cânticos, procissões, gestos, monições, responsórios, leituras bíblicas. Alguns dos textos se dizem em voz alta, outros em voz submissa. Uns constituem o rito ou cerimônia por si mesmo (como o Agnus Dei, o Kyrie etc), enquanto outros se destinam a acompanhar o rito (como os cantos de Entrada e de Comunhão).
O centro da Missa, em qualquer rito, é o conjunto de ações de oferecer os dons, consagrá-los (ou seja, torná-los o Corpo e o Sangue de Cristo, realizando o sacrifício da Cruz), e consumi-los. O Ofertório é a preparação para um ato e a Comunhão é a consumação desse ato: a Consagração. Dos três elementos, um é aquele em torno do qual gravitam os demais. À Consagração chegamos pelo Ofertório, e da Consagração chegamos à Comunhão. Esses três momentos e uma série de outras cerimônias e ações litúrgicas previstas nas rubricas formam, no rito romano, a parte da Missa que chamamos Liturgia Eucarística. É a Missa propriamente dita, o sacrifício e seus adjetivos principais. Também é chamada Missa dos Fiéis e, como tal, era designada oficialmente na antiga forma litúrgica romana.
A Missa, no rito romano moderno, começa com os Ritos Iniciais, vai pela Liturgia da Palavra, culmina na Liturgia Eucarística e se encerra pelos Ritos Finais.
Os Ritos Iniciais compreendem a ida do sacerdote, com seus ministros, ao altar em procissão (partindo da sacristia ou do fundo da igreja), durante a qual se canta o Intróito – do Próprio, i.e., variável – ou outro canto adequado (ou se reza o Intróito), bem como o sinal-da-cruz, a Saudação, o Ato Penitencial, o Kyrie, o Gloria (nos Domingos fora do Advento e da Quaresma, nas Solenidades e festas, e, facultativamente, em outras ocasiões mais solenes a critério do celebrante), a Coleta (ou Oração do Dia, do Próprio). Nos Domingos, pode-se realizar antes da Missa, somente nas igrejas e oratórios, a Aspersão da Água Benta, que substitui o Ato Penitencial.
A Liturgia da Palavra, por sua vez, compreende as leituras, que variam conforme a Missa que é celebrada (há um elenco das leituras para cada dia do ano, para cada Domingo, Solenidade, festa e Missa votiva ou para diversas necessidades), o Aleluia e o Salmo (também variáveis), o Evangelho (idem), e, quando indicados, a Homilia, o Credo e a Profissão de Fé.
Texto completo: http://bit.ly/16dkMSM
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