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domingo, 3 de junho de 2012

Festa do Corpo e Sangue de Cristo. (Corpus Christi)


Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa Cristã. É um evento baseado em tradições católicas. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.
A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
A festa de Corpus Christi foi decretada em 1269.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Neste Sacramento, no momento da Consagração, ocorre a transubstanciação, ou seja, o pão se torna carne e o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.
Corpus Christi é celebrado 60 dias após a páscoa.
fonte:pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Christi 

Santa Juliana nasceu no ano de  1193, numa aldeia denominada Retinne,  situada próxima à cidade de Liége, na Bélgica.   Conviveu pouco tempo com os pais, pois  ficou órfã com apenas  cinco anos de idade.  Em decorrência disso,  Juliana e sua irmã Agnes, foram confiadas aos cuidados das irmãs agostinianas em Monte Cornillon, onde receberam  esmerada educação e viveram piedosamente.  Quando completou 14 anos de Idade, ingressou definitivamente na  comunidade  das irmãs agostinianas.   
                                          Desde a mais tenra infância,  sempre nutriu muito amor, possuindo em grau elevadíssimo, admirável devoção ao Sacramento da Eucaristia. Deus a preparava e lhe infundia grandes conhecimentos, além do que se tornaria ela um instrumento em Suas mãos para a missão de difundir o valor da Sagrada Eucaristia.
                                          Um dia, no ano de 1208, Juliana quando em oração, teve a visão de um astro, semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão preta.  Temendo estar sendo vítima de uma ilusão maligna, suplicou ardorosamente ao Divino Mestre que lhe esclarecesse tais visões, as quais passaram a se repetir, consecutivamente, todos os dias. Somente após  dois anos foi que Nosso Senhor revelou-lhe o significado:  “A lua representa a Igreja e suas festas, e  a  incisura significa a falta da solenidade, cuja instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e  para o bem espiritual dos Meus eleitos. Quero que uma festa especial seja estabelecida em honra ao Sacramento do Meu Corpo e  do Meu Sangue.”
                                          Persuadida a realizar a vontade de Deus,  porém,  no momento em que julgou apropriado,  Juliana indicou às  autoridades religiosas a missão que havia recebido.  Comunicou as aparições a  Dom Roberto de Thorote, o então bispo de Liége e ao douto Dominico Hugh;  também comunicou o fato ao bispo dominicano Jacques de Pantaleón que viria, mais tarde, a ser eleito Papa (Urbano IV).
                                          Em 1246, Dom Roberto concedeu aprovação junto ao seu escritório e em 1246, convocou um sínodo,  onde  requisitou que todos seus padres, religiosos e leigos. Disse a festa do Santíssimo Sacramento seria comemorada na quinta-feira seguinte à festa da Santíssima Trindade.  Mas, em 16 de outubro daquele mesmo ano, o bispo veio a falecer e não pode ver cumpridas suas ordens.
                                          Muitos  religiosos, porém, que há tempos haviam se unido em forte oposição à instituição da festa, ficaram aliviados com a morte do bispo Roberto; afirmavam eles que a narrativa de Juliana era fruto da sua imaginação;  mediante diversas articulações e mentiras,  instigaram a população local e perseguiram implacavelmente a religiosa, que foi mandada  para um lugar chamado Namur, por ordem de seu Superior  Geral Roger,  que também alimentava muitas desconfianças sobre as declarações de Juliana.  Mais tarde o  Superior  perdeu sua posição e Juliana teve autorização para retornar ao mosteiro de Cornillon.  No ano seguinte, porém, Roger  foi novamente designado a dirigir o mosteiro, tendo Santa Juliana sido enviada novamente para Namur.  
                                          Apesar destas articulações,  o Cardeal Cher, que era dominicano,  decidiu instituir  alguns anos depois em toda a  diocese, a nova festa dedicada ao Corpo de Deus.   A primeira delas foi celebrada na igreja de São Martinho, em Liége. O próprio cardeal foi quem conduziu a celebração, num grande cerimonial, cujos ritos canônicos  acabaram sendo adotados posteriormente por modelo, em toda a Igreja universal.   
                                          Santa Juliana estava repleta  de alegria, ao ver sua visão feita real. Estava ansiosa para ver a  festa em honra ao Santíssimo Sacramento ser estendida à toda a Igreja, mas não viveu o suficiente para  isso. Passou os últimos anos numa vida solitária e morreu em Fosses, no dia 05 de abril de 1258.
                                          No ano de 1261, o referido bispo Jacques de Pantaleón veio a assumir o governo da Igreja,  sob o nome de Urbano IV. Foi ele que, como mencionado,  havia pessoalmente recebido o relato das visões de Santa Juliana, quando era bispo.   Sucede que, no segundo ano de seu pontificado,  junto à localidade de Bolsena, ao Norte de Roma,  ocorreu um grande milagre eucarístico: Um sacerdote que celebrava a  Santa Missa, duvidou da presença real de Cristo na Eucaristia e no momento de partir o Pão, viu dele  sair sangue, que em seguida foi empapando o corporal. A  venerada relíquia foi levada em procissão a  Orvieto em 1264. Hoje se conservam os corporais, o cálice e  a patena, bem como a pedra do altar em Bolsena, manchada com o Sangue de Cristo.  O Santo Padre, então,  determinou que a festa do Corpo de Cristo fosse  estendida a toda a Igreja Universal, através da bula “Transiturus”, de  08 de setembro de 1264, fixando-a para depois da oitava de Pentecostes.  Foi nesta época que o Papa Urbano IV encarregou um ofício,  designando São Boaventura e  São Tomás de Aquino para elaborarem o hino oficial  dedicado ao Santíssimo Sacramento (Tantum Ergo Sacramentum).  Os hinos seriam por eles apresentados, para que fosse  feita a  escolha definitiva.  No dia indicado, na presença do Pontífice, quando se começou a entoar a música com a letra de  São Tomás de Aquino, São Boaventura maravilhado,  tomou nas mãos seus apontamentos e os foi rasgando em pedaços. fonte:http://www.paginaoriente.com/anoeclesiastico/juliana0504.htm

Muitos são os milagres atribuídos a Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, estarei colocando alguns no blogger para conhecimento.

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